A mulher que mais contribuiu com o folclore penedense


A postagem da vez é uma dedicatória inspiradora que conta um pouco da história de uma penedense determinada, autêntica, criativa e que sabia o que queria e como fazer para alcançar seus objetivos; o nome dela é Antônia da Silva Peixoto, conhecida pelos mais antigos e pesquisadores por Toinha Pitu ou Toinha dos Anjos.

Arquivo pessoal
A mulher que mais contribuiu com o folclore penedense

Dizer que ela foi a mulher que mais contribuiu com o folclore no município de Penedo, soa como uma afirmação emblemática e merece ser dissecada. Dessa forma, simbolicamente como numa colcha de retalhos, em que o alfaiate costura os pequenos pedaços de tecidos até formar o que serve de agasalho – e ao mesmo tempo nos remete ao passado – colhi informações das pessoas que conviveram com a personalidade homenageada, a fim de transcrever esta publicação.

Conta-se que Antônia Peixoto não gostava do apelido Pitu, que se deu devido seu irmão, João Pitu. No entanto, respeitosamente, o nome Toinha Pitu era referência quando se falava em assuntos voltados à cultura, folclore e demais tradições populares, pois a mesma era dotada de um conhecimento pela arte de planejar e desenvolver suas paixões pela encenação, danças e canções, preservando a memória coletiva.

Arquivo pessoal
A limitação financeira que ela tinha para custear cursos de aperfeiçoamento na área, não era motivo que a impedia de desenvolver de forma alegre e criativa as manifestações folclóricas. Enquanto técnica em enfermagem, a mesma utilizava parte de seus recursos e contribuições de comerciantes e políticos, para a compra de materiais.
Se atualmente, falar em preservação e desenvolvimento de atividades culturais, como fonte para o desenvolvimento econômico e social, já é um assunto pouco valorizado, quiçá, numa época em que falar de turismo era coisa de outro mundo. Mesmo assim, sua capacidade de mobilizar os munícipes era tamanha quanto sua exigência pelo trabalho bem feito.

Além de realizar a coroação de Nossa Senhora, na Igreja Nossa Senhora dos Anjos (Convento Franciscano) e participar do coral das igrejas, era a pessoa mais capacitada para reunir crianças, formando grupos que compunham os anjos no convento, pastoril e quadrilhas, onde foi precursora. As crianças, incluindo seus sobrinhos, estavam sempre à procura de uma vaga para participar e ninguém pagava.

Toinha Pitu faleceu no ano de 1999, ao 75 anos de idade. Sem dúvida, ela fez a diferença na vida de muitas pessoas através da arte, contribuindo com o desenvolvimento do folclore de forma saudável e generosa, o que resultou em memórias felizes.



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